A vida no rancho da família Spivet era simples e cheia de rotinas. T.S. era filho de um cowboy caladão e uma cientista que dedicou a vida em uma busca infrutífera. Gracie, a irmã mais velha, vivia sonhando com a cidade grande e com os encantadores concursos de beleza da televisão. Muitobem, o cachorro do rancho, se tornou o grande amigo depois da morte traumática de Layton, seu irmão, em um acidente com uma arma de fogo. Depois disso, um silêncio perturbador pareceu isolar cada um em seu próprio mundo dentro daquela casa.
T.S. Spivet é um menino que tem um olhar diferenciado das coisas. Tudo à sua volta se transforma em detalhados mapas e esquemas perfeitos aos olhos do amigo e mentor dr. Yorn, que envia um de seus trabalhos para a reconhecida Instituição Smithsonian, onde o inesperado acontece: o jovem rapaz recebe um telefonema comunicando que ele venceu o prestigioso prêmio Baird para o avanço popular da ciência, e além do recebimento do prêmio, é convidado para fazer um discurso no evento de gala que reunirá os mais renomados cientistas do país.
Só há um problema: ninguém do museu sabe que T.S. Spivet é apenas um garoto de 12 anos. É com essa motivação que o menino resolve largar sua família onde mora, no charmoso rancho de Montana, Estados Unidos, e partir em uma viagem cheia de descobertas e aventuras até Washington, atravessando o país, onde é esperado com honrarias e glórias, sem saber que aguardam simplesmente uma criança prodígio
Durante a viagem, sozinho embarcado em um trem de carga, T.S. conhece um mundo novo cheio de encantos e perigos. Ao ler um caderno que pegou do escritório da mãe, o menino descobre segredos e acompanha a história de seus antepassados, percebendo a importância dos que ficaram para trás. A viagem e o objetivo final se tornam elementos de amadurecimento nessa história de perdas e recomeço. Para nós leitores, basta torcer para que chegue no objetivo final, mas sabemos que a vida da família Spivet não será a mesma depois dessa jornada.
O livro é dividido em três partes: O Oeste, A Travessia e O Leste. Nas margens, o autor acrescentou mapas, esquemas e notas que agregam valor ao texto principal, narrado em 1ª pessoa pelo menino. Estranhei muito a formatação, com esse projeto visual bem diferente dos habituais, mas acabei me acostumando. Para mim o problema maior da edição fica por conta do tamanho da fonte, que é minúscula, sendo que a letra das notas é ainda menor. A adaptação para o cinema teve várias mudanças e cortes, mas ainda vale a pena assistir.
Boa leitura!
Sobre o Autor:
Reif Larsen estudou na Brown University e lecionou na Columbia University, onde fez mestrado em ficção. Além de ser escritor, Larsen trabalha com cinema e produziu documentários nos Estados Unidos, no Reino Unido e na África Subsaariana. Mora no Brooklin, Nova York.
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