Recebidos: Kiron

Olá, pessoal!  Em Janeiro recebi dois livros da Editora Kiron, mas acabei não tendo tempo de mostrá-los aqui no blog.   Quem acompanha minhas redes sociais sabe que minha família teve Covid e depois de uma luta contra a doença, acabamos perdendo minha mãe.  A tristeza é grande, mas a vida vai seguindo, então hoje vim mostrar esses dois livros para vocês. 

 

Contos da Cabrita
Autora : Manoela Souza
Editora : Kiron
Edição : 1ª (2016)
Páginas : 256
ISBN : 978-85-8113-530-4
Dimensões : 15,5x22,5

 

Este livro contém contos instigantes podendo levar o leitor a se identificar com histórias do seu cotidiano. São contos modificados e alguns inéditos como Amiga folharada, A onça e o coelho e muitos outros. Também músicas de autores desconhecidos, versos aprendidos ouvindo cantores anônimos, cantando enquanto colhia arroz, raspando mandioca, abrindo covas com a enxada para semear feijão, tirando leite de cabras, fabricando fumos com a folha semi-seca. Depois do fumo pronto, retire-o com cuidado para ficar as marcas do fumo no pau, retire o sumo da folha verde e desenhe três cruzes no pau, transformando no famoso pau de fumo. 

 

 

 

Ainda há o bem - Manifestos de um dependente químico
Autores : Rodrigo H. Maran e Newton Cesar
Editora : Kiron
Edição : 1ª (2020)
Páginas : 336
ISBN : 978-65-86153-33-0
Dimensões : 145x21

Esta é uma história de ficção. Ou não. A narrativa ora se sustenta na arte de inventar história, ora na arte de biografá-la. No caso deste livro, as duas coisas se justapõem de tal maneira que o leitor não sabe o que é ou não ficção. E para ele, o leitor, a bem da verdade, identificar no texto o que foi criado e o que foi biografado não faz diferença, pois a história é tão poderosa que exprimi com precisão a realidade de muitos dependentes químicos. Uma realidade crua, dolorosa, difícil - guerra cujos vencedores, infelizmente, não são a maioria.

Baseado em fatos reais, este romance - uma declaração adicta - é o manifesto daquilo que o protagonista Fabiano Bartolomeu viveu desde que sua vida passou a ser orientada pelas drogas. Maconha, ecstasy, cocaína, crack, álcool. Poucas são as substâncias às quais não tenha se entregado de corpo e alma. Especialmente alma, quando o mal, não raras as vezes, foi seu companheiro.

Há conflitos angustiantes do personagem no que diz respeito às suas privações. Embates dele com sua mente doentia - que só se acalmava com remédios - certamente chocarão o leitor. Mas também existe na obra um manifesto que ultrapassa as angústias, que amansa as dores, e que concede a todos os que mergulham nestas páginas momentos de beleza e lirismo. Sibila, mulher de Fabiano; Davi, seu filho; o papel dos pais e o apoio dos amigos asseguram à narrativa cenários esperançosos.

Conforme relata o personagem Fabiano, ?Ainda que o mal tenha jogado dados comigo, ou que a minha vida tenha se enamorado de vícios e insanidades, escrever é o caminho que sigo para afastar o pesar. As palavras, ao fim de tudo, são a melhor forma de dizer a todos que, apesar das loucuras - ah, e quantas coisas loucas eu fiz! -, no que resta de mim, ainda há o bem?.

Entre perdas e ganhos, as palavras redigidas nos Cadernos da clínica foram mais poderosas do que o vício. Apesar do mal que este personagem causou a si mesmo e aos outros, ao fim de tudo, o bem foi maior.

Por isso, este livro, que é dividido em Antes (o período no qual Fabiano levava seus dias à base de entorpecentes), Durante (os dias de internação na clínica de recuperação), e Depois (a etapa do pós-tratamento), traz em sua essência a regeneração e o restabelecimento da vida. Uma vida pautada na fé, na família e no amor. 

 

 

Obrigado a todas as mensagens que tenho recebido pelo Instagram e Facebook.  Agradeço aos leitores fieis que continuaram por aqui.  Em breve teremos resenhas.  Até a próxima!