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Lidos & Recebidos - Agosto de 2020

em sábado, 5 de setembro de 2020



Oi, pessoal!  Vamos relembrar o que aconteceu no meu universo literário no mês de Agosto.  Acompanhem comigo!

Recebidos em Agosto:

Prana
Autora:  Jacqueline Farid
Páginas Editora
Páginas: 178
Recebido da Oasys Cultural
 

Prana viaja de Ouro Preto, sua terra natal, até a Índia, onde empreende uma rota sagrada em busca do pai. A jornada da protagonista tem início na futurista Dubai e passa por Nova Delhi, pelas maravilhas do Taj Mahal, pelos templos de Khajuraho, pelo budismo de Bodhgaya, pela yoga de Rishikesh e pelos crematórios de Varanasi, num percurso de descobertas que inclui sexo e repulsa, encontro e separação, medo e coragem, afeto e decepção, suspense e clímax, vida e morte.


O punho do destino & Badulaques
Autor:   Nilo Barroso
Chiado Editora
Páginas: 200
Recebido da Oasys Cultural


O punho do Destino é uma novela nervosa e movimentada, de leitura empolgante, com lances imprevistos e emocionantes. O conflito entre os personagens principais, que aparentem uma serenidade e equilíbrio que não possuem, poderá resultar, a qualquer momento, numa tragédia. Esses momentos nervosos e cruciais constroem um suspense que atinge fortemente o leitor


As Amarras
Autor:   Jorge Sá Earp
Editora 7Letras
Páginas: 176
Recebido da Oasys Cultural


Como numa trama rodrigueana, o casamento de Eusébio com Aglaia tem tudo para dar errado: o noivo sobe ao altar a contragosto e já na festa de núpcias flerta com Inair, um dos garçons que serve à mesa, antecipando uma série de turbulências na vida amorosa. É o próprio Eusébio quem narra aqui, com uma verve inigualável, sua história repleta de reviravoltas. Ao longo das mais intensas peripécias e aventuras sexuais, Eusébio vai se enredando cada vez mais no labirinto da ficção, em meio a toda sorte de malabarismos para manter as aparências e o casamento – como numa peça em que nós, os espectadores, sejamos os únicos a reconhecer todas as máscaras presentes no jogo social, enquanto assistimos com deleite a cada novo ato dessa vida: como ela é.
 
 
O sol vinha descalço
Autor:   Eduardo Rosal
Editora Reformatório
Páginas: 96
Recebido da Oasys Cultural



O poema de Eduardo Rosal, vencedor do Prêmio Maraã de Poesia, aqui em O sol vinha descalço, fez a opção da verticalidade. Com isso eliminou ou reduziu a distância que separa poetar e pensar, e gerou novos espaços nos quais os objetos podem tornar-se sujeitos, como que inesperadamente. E tudo sob os auspícios do "o sal-sol do mundo". Mas o poeta evitou sabiamente calçar ou permeabilizar o sol. Quis simplesmente compreender porque "vinha descalço", e se deixava tensionar entre "abismo e ponte". O texto sujeito alarga o espaço do texto objeto. Recolhe o contexto, mas não se deixa subjugar por ele. A forte aliança de texto e contexto, articulada com perícia, alimenta a ação do fazer poético. É quando a língua, passagem obrigatória, se transforma em linguagem, instância instauradora. O texto irrompe do contexto, e logo proclama a sua independência. Carregando consigo o leve peso das palavras, e a sonoridade cifrada do silêncio. A temerária jornada humana prospera claramente, sem recorrer à exaltação. O verdadeiro poeta não precisa gritar para ser escutado. Os excessos, a hemorragia verbal, a poluição sonora, são capítulos menores de um estranho manual de contravenções literárias. Os torrenciais que me perdoem, mas o comedimento é fundamental.
 

Aconteceu naquele verão
 Autores: Diversos
Editora Intrínseca
Páginas: 384
Recebido da Rudynalva do blog Alegria de amar e viver o que é bom


Doze histórias apaixonantes de doze grandes escritores, entre eles Cassandra Clare, Veronica Roth e Stephanie Perkins. Bem-vindos à estação mais ensolarada e apaixonante de todas! No verão, somos todos iguais, diz um dos personagens do conto “Mil maneiras de tudo isso dar errado”. No Brasil, nos Estados Unidos ou em qualquer lugar do globo, uma coisa é certa: no verão, nossos corações ficam mais leves, mais corajosos, impetuosos e confiantes — talvez por isso esta seja a estação perfeita para se apaixonar... e Aconteceu naquele verão é o livro ideal para quem adora histórias de amor. Mas essa coletânea tem algo ainda mais especial. Algumas histórias têm uma pitada de estranheza, de mistério, um toque sobrenatural. Em “Cabeça, escamas, língua, calda”, a lagoa de uma cidadezinha é morada de um monstro marinho que só uma menina vê. No intrigante “Inércia”, dois grandes amigos há muito afastados vão se encontrar num quarto de hospital para uma última visita. No belo “O mapa das pequenas coisas perfeitas” é sempre dia 4 de agosto. Presos num loop temporal, dois jovens vão comprovar do que a força do amor é capaz. A lição é simples: o amor não escolhe lugar nem hora para surgir. Coloque seus óculos escuros e abra sua cadeira de praia, porque neste verão você terá doze motivos para suspirar e se apaixonar.
 
 


Lidos em Agosto:

A Bala Perdida
Autor:  Guilherme Figueiredo
Top Books
Páginas: 601
Recebido da Editora


Este livro de memórias do escritor e teatrólogo, muitas vezes premiado e conhecido internacionalmente — sobretudo por conta da peça "A raposa e as uvas", encenada em dezenas de línguas — traz curiosas observações históricas, políticas e culturais sobre o Brasil e o mundo nos últimos 60 anos. Guilherme Figueiredo conta vários episódios, alguns polêmicos, envolvendo personagens importantes da história intelectual e política, como Villa-Lobos, Mario de Andrade, Gilberto Freyre, Assis Chateaubriand, Bidu Sayão, Procópio Ferreira, Henriette Morineau, Tonia Carrero, Paulo Autran, André Malraux, Eugène Ionesco, Artur Rubinstein e Jean-Louis Barrault. Revela também histórias inéditas sobre os bastidores do teatro brasileiro e do governo de seu irmão João Baptista Figueiredo, e é belamente ilustrado com 81 fotografias do arquivo pessoal do autor.


O silêncio das palavras
Autor: Gabriel Myslinsky
Cultura em Letras Edições
Páginas: 188
Recebido da Editora


 
O primeiro lançamento de 2020 da Cultura em Letras traz a vida em suas diferentes formas. Gabriel Myslinsky (1990-2015), que se destacou conosco na antologia “Cultura, letras e contos” (2015) e recebeu póstuma homenagem em “Contos dos deuses” (2016), chega com seu primeiro livro narrando sua intensa vida jovem. Com a participação de sua amiga irmã Fernanda Antonelly, em um capítulo mais tênue e mistico em pensamentos, o livro revela os altos e fracos pontos da vida de Gabriel, que suicidou-se em 2015, e apenas queria ser compreendido e amado em sua breve jornada. Preconceitos, indiferenças e discriminação. Qual seu credo? Qual sua raça? Gosta de homens? Gosta de mulheres? Quem é você? Eu sou humano do Planeta Terra. Essa deveria ser nossa resposta. Mas não temos tantas prateleiras para tentar encaixar somente um produto: o ser humano.


As Amarras
Autor:   Jorge Sá Earp
Editora 7Letras
Páginas: 176
Recebido da Oasys Cultural



Como numa trama rodrigueana, o casamento de Eusébio com Aglaia tem tudo para dar errado: o noivo sobe ao altar a contragosto e já na festa de núpcias flerta com Inair, um dos garçons que serve à mesa, antecipando uma série de turbulências na vida amorosa. É o próprio Eusébio quem narra aqui, com uma verve inigualável, sua história repleta de reviravoltas. Ao longo das mais intensas peripécias e aventuras sexuais, Eusébio vai se enredando cada vez mais no labirinto da ficção, em meio a toda sorte de malabarismos para manter as aparências e o casamento – como numa peça em que nós, os espectadores, sejamos os únicos a reconhecer todas as máscaras presentes no jogo social, enquanto assistimos com deleite a cada novo ato dessa vida: como ela é.
 
 
O punho do Destino é uma novela nervosa e movimentada, de leitura empolgante, com lances imprevistos e emocionantes. O conflito entre os personagens principais, que aparentem uma serenidade e equilíbrio que não possuem, poderá resultar, a qualquer momento, numa tragédia. Esses momentos nervosos e cruciais constroem um suspense que atinge fortemente o leitor


O sol vinha descalço
Autor:   Eduardo Rosal
Editora Reformatório
Páginas: 96
Recebido da Oasys Cultural



O poema de Eduardo Rosal, vencedor do Prêmio Maraã de Poesia, aqui em O sol vinha descalço, fez a opção da verticalidade. Com isso eliminou ou reduziu a distância que separa poetar e pensar, e gerou novos espaços nos quais os objetos podem tornar-se sujeitos, como que inesperadamente. E tudo sob os auspícios do "o sal-sol do mundo". Mas o poeta evitou sabiamente calçar ou permeabilizar o sol. Quis simplesmente compreender porque "vinha descalço", e se deixava tensionar entre "abismo e ponte". O texto sujeito alarga o espaço do texto objeto. Recolhe o contexto, mas não se deixa subjugar por ele. A forte aliança de texto e contexto, articulada com perícia, alimenta a ação do fazer poético. É quando a língua, passagem obrigatória, se transforma em linguagem, instância instauradora. O texto irrompe do contexto, e logo proclama a sua independência. Carregando consigo o leve peso das palavras, e a sonoridade cifrada do silêncio. A temerária jornada humana prospera claramente, sem recorrer à exaltação. O verdadeiro poeta não precisa gritar para ser escutado. Os excessos, a hemorragia verbal, a poluição sonora, são capítulos menores de um estranho manual de contravenções literárias. Os torrenciais que me perdoem, mas o comedimento é fundamental.

Fiquem em casa o máximo que puderem.  Aproveitem para ler um pouco.  Em Setembro tem mais!

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