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Lidos & Recebidos: Fevereiro de 2020

em domingo, 1 de março de 2020

Fevereiro acabou em meio à folia do carnaval e também às notícias de que o Coronavírus está se espalhando rapidamente pelo mundo.  Vamos torcer para que Março seja um mês com boas novidades.  Enquanto isso, confira o que rolou no universo literário do Atraentemente durante o mês.

Recebidos em Fevereiro:

A Corrente
Autor:  Adrian McKinty
Editora Record
Páginas: 378
Recebido da Rudynalva - Blog Alegria de Viver e Amar o que é bom



Vítima. Sobrevivente. Sequestrador. Criminoso. Você vai se tornar cada um deles. O dia começa como qualquer outro. Rachel Klein deixa no ponto de ônibus a filha de 13 anos, Kylie, e segue sua rotina. Mas o telefonema de um número desconhecido muda tudo. Do outro lado, uma voz de mulher avisa que Kylie está no banco de trás de seu carro, e que Rachel só verá a filha de novo se pagar um resgate ― e sequestrar outra criança. Assim como Rachel, a mulher no telefone é mãe, também teve o filho sequestrado e, se Rachel não fizer exatamente o que ela manda, o menino morre, e Kylie também. Agora Rachel faz parte da Corrente, um esquema aterrorizante que transforma os pais das vítimas em criminosos ― e, ao mesmo tempo, deixa alguém muito rico. A Corrente é implacável, apavorante e totalmente anônima. As regras são simples: entregar o valor exigido, escolher outra vítima e cometer um ato abominável do qual, apenas vinte e quatro horas antes, você se julgaria incapaz. Rachel é uma mulher comum, mas, nos dias que se seguem, será levada a extremos que ultrapassam todos os limites do aceitável. Ela será obrigada a fazer escolhas morais inconcebíveis e executar ordens terríveis. Os cérebros por trás da Corrente sabem que os pais farão qualquer coisa pelos filhos. Mas o que eles não sabem é que talvez tenham se deparado com uma oponente à altura. Rachel é inteligente, determinada e... uma sobrevivente.


A Bala Perdida
Autor:  Guilherme Figueiredo
Top Books
Páginas: 601
Recebido da Editora

Este livro de memórias do escritor e teatrólogo, muitas vezes premiado e conhecido internacionalmente — sobretudo por conta da peça "A raposa e as uvas", encenada em dezenas de línguas — traz curiosas observações históricas, políticas e culturais sobre o Brasil e o mundo nos últimos 60 anos. Guilherme Figueiredo conta vários episódios, alguns polêmicos, envolvendo personagens importantes da história intelectual e política, como Villa-Lobos, Mario de Andrade, Gilberto Freyre, Assis Chateaubriand, Bidu Sayão, Procópio Ferreira, Henriette Morineau, Tonia Carrero, Paulo Autran, André Malraux, Eugène Ionesco, Artur Rubinstein e Jean-Louis Barrault. Revela também histórias inéditas sobre os bastidores do teatro brasileiro e do governo de seu irmão João Baptista Figueiredo, e é belamente ilustrado com 81 fotografias do arquivo pessoal do autor.


O outro lado da lua
Autor:  Sérgio Danese
Top Books
Páginas: 158
Recebido da Editora

Formado em Letras Modernas pela USP, Sérgio França Danese (São Paulo, 1954) é diplomata de carreira: em 2015, após dois anos e meio no cargo de Subsecretário-Geral das Comunidades Brasileiras no Exterior, tornou-se Secretário-Geral das Relações Exteriores, equivalente a Vice-Ministro no Itamaraty, e em junho de 2016 foi nomeado embaixador do Brasil na Argentina. Nesta novela, narrada em primeira pessoa, o protagonista é um publicitário de prestígio que atravessa difícil momento pessoal e profissional, e se vê salvo do caos por um terrier. Como diz o crítico Alvaro da Costa e Silva no texto de apresentação, o autor “nos mostra como precisamos do afeto e da generosidade dos cães”, o que seria “apenas uma das surpresas desse livro ágil e bem-humorado”. Sérgio Danese é também autor de dois livros publicados pela Topbooks – Diplomacia presidencial: História e crítica (1999) e A sombra do meio-dia (2003), sua estréia na ficção – e em 1994 ganhou o prêmio da Fundação Nacional do Livro Infantojuvenil por A história verdadeira do Pássaro-Dodô.



Pecado Mortal
Autor:  Antonio Martins
Top Books
Páginas: 266
Recebido da Editora

Jovem e cheio de sonhos, Dario Prudente decide pendurar os investimentos necessários para ganhar seu primeiro mandato eletivo nos ombros do futuro sogro – que, embora ainda não conheça, sabe que faz parte da lista, periodicamente alterada, dos homens mais ricos de Pernambuco. Investe nisso, casa-se com a filha de um poderoso fazendeiro, torna-se governador do Estado, e forma uma dupla inseparável com o padre Franco, a quem nomeia assessor especial do Governo. Até que surge no cenário uma freira belíssima... Eis o mote para o livro de Antonio Martins, que começou a criar ficção já no início do curso ginasial. Após sete anos ligado à Igreja como seminarista, graduou-se em Jornalismo pela Universidade Católica de Pernambuco, percorrendo redações como repórter, redator e gestor. No Recife, testemunhou e reportou várias passagens marcantes do regime militar; em Brasília, cobriu a carpintaria do Executivo e do Legislativo; e desde os anos 1990 mantém parceria profissional com os comunicadores de rádio de todo o país. Tais atividades lhe trouxeram inspiração para escrever esse ótimo romance.

Tempo dos Mortos
Autor: José Alcides Pinto
Top Books
Páginas: 208
Recebido da Editora

Reedição da premiada trilogia do poeta e escritor cearense de quem a Topbooks também editou a Trilogia da Maldição: O dragão, Os verdes abutres da colina e João Pinto de Maria (Biografia de um louco). O autor estreou como poeta em 1952, com Noções de poesias e artes, obra elogiada por Cassiano Ricardo, e em 1964 lançava seu primeiro livro de ficção, O dragão. Para o ensaísta e crítico literário Assis Brasil, é exatamente neste Tempo dos Mortos que José Alcides Pinto "em maior profundidade esquematiza o existir do homem e sua circunstância, com personagens exemplares como Quintino e Iolanda, padre Hugo e doutor Braz, Débora e o Engenheiro, cuja morte faz lembrar o melhor García Márquez". E completa: "Com a mídia tomando conhecimento de sua presença ou não, seu nome está inscrito, sem contestação, nos anais da Arte nacional de todos os tempos". Na opinião de José Louzeiro, "se José Alcides Pinto escrevesse em inglês, as editoras que se ocupam com os best-sellers estariam procurando mantê-lo na lista dos mais vendidos. É tão ousado quando Henry Miller do Trópico de Câncer, tão poético quando o Nabokov do Lolita. Com uma diferença: neste autor a metáfora ganha efeito especial, como no cinema de Spielberg".






Lidos em Fevereiro:


Luz, Câmara, Repressão
Autor:  Rodrigo Duhau
Editora Kiron
Páginas: 240
Recebido da Editora

No ano de 1964, os militares depuseram o presidente João Goulart do poder e assumiram o comando do país. Perpetuaram-se à frente da nação por 21 anos. Nesse período, a censura era um atributo do Estado, regulamentada por um arcabouço legal. O governo controlava, com olhos repressores, produções artísticas, entre elas o cinema. Tudo em nome da moral, dos bons costumes e da segurança nacional. Para os militares, havia, sim, uma "ameaça comunista" no Brasil e as mensagens "subversivas", segundo eles, eram veiculadas através das produções cinematográficas. Nesta obra, estão presentes as memórias de personagens que viveram durante o regime militar e que tiveram seu cotidiano profissional influenciado pela censura de filmes. Um desses personagens é Maria Nilsa Soares da Silva Duhau, que trabalhou como representante das empresas produtoras de filmes e tinha suas próprias artimanhas para tentar "driblar" o cerceamento por parte do governo. Há depoimentos, ainda, de um cineasta, de dois censores e até de um economista que era contra o personagem Capitão Gay, interpretado por Jô Soares na década de 1980.


Até quando?  A Prisão #2
Autora:  Christiane de Murville
Editora Chiado
Páginas: 328
Recebido da autora


Ao longo de suas inúmeras idas e vindas entre a Terra e seu salão de memórias — local à margem do mundo terreno, que guarda registros de tudo que fez ou não em vida e de seu potencial, assim como imagens de pessoas que magoou, de desejos e sonhos frustrados —, João identifica situações, sensações, humores e cenários possíveis de serem experimentados no mundo. Porém, ainda não tem clareza acerca do que realmente lhe acontece. Nesta segunda parte de suas aventuras terrenas, o efeito das águas do esquecimento que sistematicamente teve que tomar para acalmar memórias incômodas começa a se dissipar e João tem vislumbres de experiências antigas. Percebe, então, que em todas as suas aparições no planeta sempre reencontra a mesma turma. Repara no ciclo aparentemente interminável, de nascimento e morte, no qual ele e sua família encontram-se encalacrados. Observa que todos vivem repetindo sensações e reeditando experiências. Estão apegados à personalidade momentaneamente assumida e presos em esquemas emocionais e padrões de comportamentos e pensamentos recorrentes, que contribuem para a formatação do mundo que encontram à volta deles. Mas João quer se libertar do vai e vem e descobrir como se desvencilhar do sistema cíclico que os aprisiona. Para isso, contará com a ajuda de seu amigo guardião, do Miguel, da dama do portal e de familiares próximos como Mário, Chiquinha, o cavaleiro negro e outros mais. João está determinado, quer ir além da consciência alcançada e entender, afinal, que história é esta de ficar indo e vindo, repetindo sensações e reeditando experiências indefinidamente. Porém, será que ele está mesmo disposto a largar apegos, rever pendências, esclarecer e liberar de uma vez por todas as suas memórias ruidosas? Afinal, como se mover para paragens mais luminosas carregando em seu campo de energia vestígios de situações mal resolvidas que remetem a ambientes pouco vibrantes?



Babel
Autor: Frederico Monteiro
Editora Autografia
Páginas:  294
Recebido de Andrea Drummond


O que um homem comum tem a nos oferecer? E se o olhássemos por dentro e nele nos enxergássemos? Babel acompanha poucas, mas decisivas semanas de Francisco, um advogado de meia idade que não quer ouvir falar de crises. A secretária Marta que se entrega a um relacionamento virtual, a vizinha adolescente, o pai viúvo, o senhorio mudo, a faxineira Neida, o padeiro extremista, cada um a seu modo reforça a necessidade humana de convivência e afeto. De forma elegante e natural, as histórias se cruzam, umas com glórias, outras com lágrimas, como a vida de todos nós. Em meio aos infortúnios da vida cotidiana, a redenção poderá vir com o desenrolar do intrincado e rumoroso caso criminal que um simplório cliente leva ao advogado.



Assassinatos na Academia Brasileira de Letras
Autor: Jô Soares
Companhia das Letras
Páginas:  256
Recebido da Rudynalva do Blog Alegria de viver e amar o que é bom

Durante seu discurso de posse, o senador Belizário Bezerra, o mais novo imortal da Academia Brasileira de Letras, cai fulminado no salão do Petit Trianon. A morte de outro confrade, em circunstâncias semelhantes - súbita, sem sangue e sem violência aparente -, traz uma tensão inusitada para a tradicionalmente plácida casa de Machado de Assis: um serial killer literário parecia solto pelo pacato Rio de Janeiro de 1924, e não estava pra brincadeira. Queria ver mortos todos os imortais. Os 'Crimes do Penacho', como a imprensa marrom apelidou a série de assassinatos, despertaram a curiosidade do comissário Machado Machado, um tipo comum na paisagem carioca não fosse o indefectível chapéu-palheta, a pinta de sedutor irresistível e a obstinação em provar que aquelas mortes jamais poderiam ser coincidências. Em sua investigação, que serpenteia entre um chope e outro no Café Lamas, uma visita ao teatro São José, uma passada no cemitério São João Batista e outra na Lapa, Machado Machado encontra suspeitos por toda parte: políticos, jornalistas, religiosos, nobres falidos, embaixadores, crupiês, poetas maiores e menores, homens de letras, magnatas da imprensa, alfaiates e atrizes francesas, quase todos com um pendor inescapável para o assanhamento e a malandragem.



Continuem ligadinhos por aqui.  Em março tem mais!

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