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Autor: José Leonídio

em quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019


A cidade do Rio de Janeiro é realmente maravilhosa e repleta de diversidade.  A mistura de raças e credos que se espalham por cenários tão diversos nos encanta pela beleza e grandiosidade.   Praias paradisíacas, favelas que mais se parecem com grandes cidades, arranha-céus luxuosos, tudo em um contraste que dificilmente se vê em outros locais pelo mundo.  Mas de onde vem tanta riqueza cultural?

A Casa do Deuses é fruto de uma pesquisa histórica sobre a interação entre os Tupinambás, africanos, ciganos, judeus e a transmissão oral dos seus valores culturais, de sua história e sua preservação. A Obra é uma pentalogia sob a forma de romance que envolve essas interações entre o século XVI e XX. Os romances se referem a cada século e tem por objetivo contar a história da Guanabara na ótica dos infames. Todos os volumes da Casa dos Deuses, são independentes, não são histórias construídas em capítulos e sim a forma como a transferência dos valores nativos, um patrimônio cultural imaterial que foram sendo passadas através dos séculos, dentro do conceito literário do Realismo Mágico.

O contato com a obra de José Leonídio aconteceu através de sua assessora de imprensa, Andréa Drummond

Logo em sua estreia na literatura em 2001, o autor recebeu a Menção Especial da União Brasileira de Escritores e o Prêmio Érico Veríssimo pelo romance A Raposa do Cerrado.  Tal reconhecimento foi o incentivo que o estimulou a abraçar novos projetos na área literária.

Uma passagem pela estrada Grajaú-Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, e a curiosidade em saber quem manteve os nomes originais em tupi de diversos bairros da cidade, dos acidentes geográficos e das plantas encorajou a pesquisa de diversas literaturas escritas por descobridores, e narradas pelos jesuítas e também por historiadores portugueses dos séculos XVII e XVIII. Depois disso, integrar os relatos de sobreviventes entre os nativos e também informações dos diários de bordo dos navegadores franceses e outros documentos fez José Leonídio se debruçar sobre sua inspiração e substituir boa parte do tempo como médico obstetra em sua viagem desbravadora pela literatura.

Portais da Liberdade corresponde ao século XVIII e é o primeiro livro da série A Casa dos Deuses, narrada como romance e que tem a memória dos nativos tupinambás e a Guanabara como lugar sagrado onde seus deuses, Iara e Tupã, moravam, como fio condutor.

O livro recebeu esse título por causa dos arco-íris que existiam em abundância na Guanabara do século em questão. Segundo o autor, foi por baixo deles, símbolos de continuidade e da permanência, que o navio negreiro trazendo Nla Eiye (Orixá Odé) entrou na Guanabara, mote para muitos capítulos desta história.

Em Portais da Liberdade, destacam-se a vivência do dia a dia em São Sebastião do Rio de Janeiro; a transferência dos valores míticos, místicos e culturais dos tupinambás aos africanos escravizados e sua convivência também com os ciganos; a vida cultural e religiosa da cidade, os engenhos e as festas da botada; a importância da manutenção dos valores tupinambás; a interação cultural e a vida social em torno da geografia e dos seus símbolos que persistem até hoje (Passeio Público, Aguadeiro do Carioca, as Igrejas, o Valongo); a interface entre a Cultura Tupinambá e a Cultura Iorubá, bem como a influência na dança e na música dos ciganos. A sensualidade das negras, mulatas e ciganas, e sua influência no modus vivendi da cidade.
Adepto do estilo literário “realismo mágico”, José Leonídio mistura realidade e ficção, com a intenção de colaborar para o leitor entender suas origens e a importância de manter os valores étnicos, ecológicos e também da diversidade que compõe os moradores da Guanabara, filhos de Iara.

Antes de escrever o primeiro volume da pentalogia, José Leonídio publicou A Raposa do Cerrado, sobre a luta dos que vivem no semiárido nordestino, o cotidiano das cidades do sertão de Canudos. Entre outros, abordou os valores do sertanejo, sua religiosidade, diversidade cultural e coronelismo da política interiorana. As paixões aquecidas pelo sol e a dura vida de um povo que nasce, cresce e vive por si só, como se travasse uma luta eterna entre o bem e o mal, rendeu-lhe Menção Especial da União Brasileira de Escritores e Prêmio Érico Veríssimo, ambas em 2001.

O autor tem previsão de publicação de Os guardiães, segundo livro da pentalogia - já concluído - ainda em 2019. Este romance, ambientado no século XIX, fundamenta-se na derrubada da Floresta da Tijuca pelos ingleses, para o plantio do café e a defesa intransigente de Ângelo e dos defensores da cultura Tupinambá na sua preservação. O leitor vai saber, por exemplo, como a epidemia de febre amarela que acometeu a cidade é associada ao agravo feito pelos ingleses a São Benedito na Procissão de Quarta-feira de Cinzas, tendo os moradores deixado o “Santo Pretinho” no adro da Igreja de Santo Antônio.

“A escrita destes volumes iniciou-se depois de alguns anos de pesquisa, inclusive com viagens a França e a Portugal”, conta José Leonídio, para quem foi necessário também conhecer os valores socioculturais das diversas etnias que compunham os africanos escravizados, ciganos, judeus, mouros e suas interações com a cultura nativa dos Tupinambás, presentes até hoje entre nós através da transmissão oral.

A medicina pela literatura

José Leonídio, nascido na Guanabara, no bairro de Cavalcante, é médico-obstetra e hoje professor adjunto aposentado da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro, o que lhe permite dedicar-se um pouco mais à sua produção literária.

Deu os primeiros passos nas letras com enredos para escolas de sambas e blocos, junto aos Grêmio Recreativo Escola de Samba e à Portela.

Em 2001, publicou seu primeiro romance, “A Raposa do Cerrado”, e anos depois, em 2014, foi aprovado pela comissão de Cultura na Secretária de Cultura do Município do Rio de Janeiro com os projetos literários Portais da Liberdade e Guardiães (dois dos livros da pentalogia A Casa dos Deuses) para captação de recursos a ser publicado nas comemorações do RIO 500 anos.

Características do Livro:
Editora Autografia
ISBN: 978-85-518-1131-3
 Páginas: 680
Ano de publicação: 2018



 Onde Comprar

http://www.autografia.com.br/loja/a-casa-dos-deuses:-portais-da-liberdade/detalhes

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*Texto e informações - através da assessora de imprensa Andréa Drummond.

9 comentários:

  1. Meu querido pelo que li, já estou gostando do autor Jose Leonídio, a Casa dos Deuses estou curiosa para ler! vou procurar na lojas Americanas, muito obrigado por compartilhar livros maravilhosos para ler! como sempre amo vir aqui e suas dicas são muito boas,beijinhossssssssssssss

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  2. me deixou curiosa... grata pela dica! tenha uma gloriosa semana!!!

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  3. Bom dia!Gostaria muito de ler esse livro,pela resenha este livro é muito bom,parabéns pelas dicas e pela postagem.

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  4. olá amigo,nossa que lindeza essa resenha,esse livro me chamou a atenção,por estar repleto de história,de um passado que precisamos conhecer melhor.Gosto muito desse tipo de leitura,que fala de outras épocas,pois sempre tem muito a nos ensinar.Um abraço.

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  5. Olá!Que maravilha conhecer mais esta obra do autor Jose Leonídio!
    Portais da Liberdade me parece uma história incrível e culta,esta união de realidade e ficção,nos facilita a um entendimento melhor sobre estes valores culturais.Grata por mais uma excelente indicação.Ótima resenha!Abraço!

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  6. Gosto muito e ler sobre a mistura de raças que há em nosso país e sobre nossa diversidade cultural,me encanta,a história passando no Rio de Janeiro,melhor ainda!Essa pentalogia parece ser daquelas que a gente lê e fica o gostinho de quero mais,parabéns ao autor!Beijos!

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